quarta-feira, 29 de julho de 2015

Partir


Já vivi esse filme nevoento,
um treco obsoleto,
nada é inédito,
não darei mas crédito,
vou sair de perto
do meu jeito ímpeto,
pode partir se você quer assim,
a última lágrima não vou deixar cair.
Cansei de me punir,
você me fez assim,
me encinou viver sem ti,
aprendi te ver partir,
cansei de sentir,
curei meu ferrir,
tenho desejo secreto inquieto,
resolvi tornar concreto,
é meu atual projeto,
meu decreto.
Não vou te impedir,
desferir nenhum abraço,
não quero ouvir
seus passos ao sair,
se queres ir nao vou rugir,
melhor me corrigir, não discutir.
(Todos os direitos reservados )
Izabel de Aquino

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