sábado, 1 de agosto de 2015

Poetas...














Meus olhos se embaraçam, no prenuncio que algo hoje magoa,
No cair da triste lágrima, a minha alma atordoa,
Nos olhos um castanho claro! Triste cor que se perdoa,
O frio da lágrima, que molha Um rosto sem brilho! E no peito se escoas...
O passado passa rápido, assim a vida se entoa.
Poeta! Tu choras tristes, as lágrimas de outras pessoas,
No poetar da caneta! Entre linhas, rabiscos, que choram a toa,
Trazer uma dor no peito, ao poeta, é coisa boa...
Não vejo sentido algum? Em sofrer! O sofrer de alma estranha,
No olhar de um poeta, entre rabiscos emaranham,
As dores de outros seres que em saudades emanam,
Na caneta do poeta, as dores todas se entranham...
Poeta! Eu faço rimas, entre risos e suas lágrimas,
No riso de um olhar! Rabiscos as suas magoas,
Vejo por entre os sorrisos, as dores de suas almas,
Quase todos têm tristezas! Atrás de risos largados...
Também escrevo alegrias, rimando felicidades,
Rabiscando os olhares que passam por entre as tardes,
Vejo eu em muitas almas! Um sonho que se invadem,
Felicidade completa? Nunca eu vi de verdade...
A moça que agora Lê! A senhora que ali passas.
O velho que chora triste a perca da mocidade,
O menino que tudo sonha! Triste é a sua realidade,
O poeta às vezes vê! E em rabiscos. Escreves suas saudades...


(Zildo de oliveira barros)
30/03/13 12h00min

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